[Crítica] Talvez uma história de amor

O filme é uma boa pedida para o dia dos namorados. Um romance que a priori parece clichê, surpreende e envolve o público pela curiosidade. Mateus Solano, sempre com um show de interpretação, faz um homem que aparentemente tem amnésia temporária. Ele não se lembra de sua última namorada e fica apavorado quando ouve um recado dela na secretária eletrônica terminando o relacionamento que eles supostamente tinham. Virgílio (Mateus Solano) é um cara extremamente metódico e antiquado que vive sempre na mesma rotina de horários dos afazeres, inclusive comendo sempre as mesmas comidas. Sua vida tem uma reviravolta total quando ele ouve um recado em sua secretária eletrônica (antiquíssima como toda a casa dele que parece a mesma desde 1990) de uma mulher misteriosa dizendo que já não o aguentava mais e estava terminando o relacionamento. Ele fica sem rumo, sem entender nada, pois sequer lembra de um dia ter uma namorada. Ele procura sua psiquiatra que o aconselha a procurar algo sobre a ‘tal Clara’ que ele não se lembra. Há certa referência implícita ao filme “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” visto que todos apontam que Virgílio sofreu um choque emocional e está confuso, por isso esqueceu sua ex namorada. O filme prende a atenção exatamente por isso – O que houve com Virgílio? Perdeu a memória? Essa namorada algum dia existiu? Será algum espírito? A medida que Virgílio investiga o que houve e conversa com as pessoas próximas a Clara tudo parece mais confuso ainda. O filme não chega a ser uma comédia romântica clássica, apesar da presença de Marco Luque com um personagem divertido e descontraído, mas é bem reflexivo e faz o público imergir no drama do personagem de Mateus Solano se questionando como um cara chato, metódico e sem perspectiva teve uma namorada incrível (pela descrição dos amigos). “Talvez Uma História de Amor” é uma história sem muitos clichês de filmes de romance e que surpreende do começo ao fim com a exploração das sensações e dramas do personagem principal. É um bom filme para ver a dois em um clima romântico ou com amigos pra se divertir com as neuras de Virgilio e as situações que ele mesmo cria. Filme perfeitinho para semana do dia dos namorados!

Critica: Michelle Roque

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