“Capitães da Areia”

 

Pedro-Bala, Professor, Volta-Seca, Gato, Boa-Vida, Sem-Pernas, Dora, Barandão, Zé Fuinha, Pirulito, Almiro, nenhum nome em especial, apenas em comum a pobreza, os sonhos, o descaso do estado e a infância perdida em meio a uma Salvador na década de 30. Vivendo em meio a pequenos golpes e roubos aprendem a serem adultos de uma maneira direta e brutal. Em certos momentos você se solidariza com eles, em outros os repudia. O livro deste grande autor nos brinda com vários costumes da época (tanto na maneira de escrever quanto nas expressões usadas), e traz à tona um problema que desde aquela época ainda não foi resolvido (e aparentemente não será tão cedo). O livro no ano do seu lançamento foi banido das livrarias, tendo centenas de exemplares destruídos em Salvador por conta da censura do Estado Novo. Por seu conteúdo crítico quanto a saúde pública, o trato com a infância perdida e marginalizada, por mostrar a luta de classe por meio de lideranças entre estivadores do porto de Salvador, o livro foi considerado um “manifesto comunista”. Em 2011 foi feito um filme baseado nesta obra.

“O Guia de Sobrevivência aos Zumbis”

Você está preparado para um apocalipse zumbi? Sabe o que fazer, para onde ir, o que levar, como se defender? Ou quer dar uma de caçador e sair por aí destruindo crânios e cérebros? Já dizia Sun Tzu, “conheça a ti mesmo e ao inimigo”, e é justamente com isto que Max Brooks nos brinda com esta obra. Leve o livro como assunto sério, ou uma bobagem divertida. Não dá para ficar indiferente. Da ficção a realidade, o livro fala sobre o vírus da peste zumbi, o comportamento das criaturas após a reanimação, como encontrar abrigo, que armas levar e até se quiser se aventurar, como tomar seu lar de volta, contando ainda com “casos registrados” em diversos lugares do planeta e em épocas diferentes. Se você gosta do assunto, esta é uma obra essencial que se deve ter na estante, seja por precaução ou para uma boa conversa de bar.

 

Crítica: Luiz Fernando