Mesmo com grandes nomes no elenco, Borderlands sofre para se autoafirmar  – por Milly Rodrigs

 

Nesta semana chega aos cinemas mais um filme adaptado de jogos de videogame, dessa vez quem invade as telonas é o filme Borderlands: O Destino do Universo está em Jogo, trazendo um elenco de peso e causando muita expectativa nos fãs. 

Borderlands é uma das franquias mais malucas do mundo gamer, criada pela Gearbox Software e distribuída pela 2K, teve o seu primeiro jogo lançado em 2009, contabilizando ao todo três títulos oficiais e alguns spin-offs. O game traz um universo cheio de mercenários, grupos rebeldes, caçadores de recompensa, raças alienígenas, caos e muita violência. 

Para aqueles que não conhecem os jogos, o filme se vende como uma mistura entre a trilogia de sucesso Guardiões da Galáxia e Esquadrão Suicida, até mesmo nas artes de divulgação podemos ver cores e efeitos que realmente nos remetem a esses dois grandes nomes do cinema, mas será que essa afirmação não seria um pouco pretensiosa?  

 

 

Borderlands, O Destino do Universo está em Jogo acompanha a caçadora de recompensas Lilith (Cate Blanchett) de volta ao seu planeta de origem chamado Pandora, em uma missão de encontrar a filha desaparecida do homem mais poderoso do universo, Atlas (Edgar Ramírez). Porém de forma inesperada, ela acaba fazendo parte de uma equipe de desajustados que fazem de tudo para proteger a garota explosiva Tiny Tina (Ariana Greenblatt).
Nessa equipe estão o mercenário Roland (Kevin Hart), Krieg (Florian Munteano), o protetor insano de Tina, a cientista Dra. Tannis (Jamie Lee Curtis) e também um robô extremamente tagarela chamado Claptrap, dublado originalmente por Jack BlackJunto com essa galera improvável, Lilith irá combater bandidos perigosos e descobrir o maior segredo do planeta Pandora. 

Á uma primeira vista, o filme se preocupa em não desvirtuar das características e da história dos jogos originais, entrega uma bela caracterização dos personagens, várias cenas de ação, muita explosão e também um pouco de comédia, porém tem muita dificuldade em se afirmar e sair do clichê. 

O filme traz um elenco de peso, como foi citado acima, com grandes nomes da atuação, tal qual Cate Blanchett que é impecável no papel de Lilith e Kevin Hart como Roland, que vamos ser sinceros, são os que seguram o filme nas costas. Nem mesmo Jamie Lee Curtis conseguiu relevância como Dra. Tannis, era como se ela fosse apenas uma presença vip no meio de um grupo sem carisma, o mesmo se aplica ao robô de Jack Black e suas tentativas falhas de trazer um pouco de graça aos diálogos. A falta de química na equipe é gritante. 

Fica claro que a intenção do diretor Eli Roth era de criar uma nova aventura espacial que prendesse a atenção do público devido ao caos, às cenas de ação, aos personagens cheios de presença e a um ideal fortíssimo, porém o que foi entregue é uma obra totalmente esquecível.

 

Avaliação: ★★