[Crítica] “Belle”

Por Michelle Roque

O filme “Belle” será lançado nos cinemas brasileiros essa semana e trazemos um breve relato pra você de como é essa belíssima e sensível animação que foi aplaudida no Festival de Cannes de 2021 por 14 minutos!

O diretor do filme, Mamoru Hosoda,  é um nome conhecido no mundo dos animes como produtor, roteirista, diretor ou animador e já trabalhou em séries como Digimon, Dragon Ball, Sailor Moon e Yuyu Hakusho entre outros. Há alguns anos ele fundou a Studio Chizu e já lançou filmes memoráveis, “Belle” é mais um desses filmes extraordinários.

A animação conta a história de Belle, que é a projeção holográfica de um jogo na plataforma U. A estudante Suzu é a que comanda o personagem, na vida real teve um trauma em sua infância ao perder a mãe de forma trágica e criou bloqueios emocionais para várias coisas em sua vida, inclusive para algo que ela gostava muito, a música e o canto. Em determinado momento a estudante é apresentada para a plataforma “U”, onde a imersão oferecida dá para Suzu a chance de projetar sua voz e suas canções para o mundo inteiro, criando uma imagem holográfica e imersão perfeita de quem ela gostaria de ser. Ela fica muito famosa na plataforma e em uma dessas experiências imersivas a jovem se depara com uma fera perigosa em forma de dragão, que ameaça a ordem e a experiência dos demais jogadores.

Tanto Suzu, quanto Belle ficam impressionadas e a estudante sai em uma busca tanto na plataforma quanto na vida real de quem realmente é aquela fera e o porque de tanta agressividade e feridas. Belle viu em seus olhos um sentimento diferente e instigante. É uma bela e sensível releitura de um clássico – a Bela e a Fera.

A animação conta com traços riquíssimos de detalhes, como da personagem principal, Belle, assim também com traços mais simples, sem tanta definição em outras cenas. Mas todos transmitem exatamente o momento desejado, com expressões riquíssimas e belas paisagens.  A paleta de cores é bastante variada e transmitem bem a diferença entre os mundos – o real e o virtual, sendo uma animação bem fluída. É uma das melhores animações produzidas recentemente, pois enche os olhos de beleza e sensibilidade.

A trilha sonora também é algo admirável, com canções sensíveis e inspiradoras, cheias de emoções e sentimentos que a personagem principal e cada momento do filme expressa.

Mesmo que o telespectador não seja tão afeto do mundo dos jogos online ou até do mundo das animações japonesas, sem dúvidas o enredo do filme ainda é encantador pelas expressões dos sentimentos apresentados, mesmo que a história não seja lá exatamente original.

Vale super a pena conferir e se encantar com cada momento do filme!