[Crítica] “Amor, sublime amor”

Por Michelle Roque

“Amor, Sublime amor (West Side Story)” é um inegável clássico do cinema contemporâneo. E para um remake exigiria uma direção aclamada como a de Steven Spielberg. Obviamente ele colocou toda sua genialidade na refilmagem do longa encantando mais uma vez o público.

O filme conta a história de rivalidade entre gangues e no meio disso, do amor juvenil e inocente na cidade de Nova York em 1957. A briga fica por conta da gangue dos americanos – os Jets – e dos porto-riquenhos – os Sharks, onde a briga é carregada de ódio e preconceito.  Tudo se agrava quando os jovens Maria (irmã do líder da gangue porto-riquenha) se apaixona por Tony (ex-líder da gangue americana) aumentando o ódio pelas culturas diferentes.

A escolha do elenco seguiu uma necessária adaptação para essa releitura, visto que  no original a gangue porto-riquenha era composta por atores americanos, o que mudou bastante nessa nova versão, sendo atores de origem latina que dão mais destaque para falar espanhol durante o filme.  E o elenco conta com ótimos nomes, como Ansel Elgort (A Culpa é das Estrelas, Divergente), Rachel Zegler (estreante nos cinemas), David Alvarez (Billy Elliot – Broadway), Ariana Debose (The Prom), Mike Faist (Panic), Josh Andrés Rivera (estreante nos cinemas também), Rosalía, Brian D’Arcy James (13 Reasons Why), Corey Stoll (Homem-Formiga) e Ezra Mena.

Também há uma atriz que fez parte do elenco original, Rita Moreno, que no original fez Anita, namorada do Bernardo, líder da gangue Sharks. Este filme inclusive lhe rendeu o Oscar de melhor atriz em 1962 e agora a atriz, que também é produtora no filme, retorna como Valentina, senhora que ajuda o jovem Tony.

Spielberg manteve o clima do filme original com as roupas e cenários ambientados na Nova Iorque de 1957 mas também trouxe cenas muito bem coreografadas e de perfeição sem igual. A fotografia do remake também muda bastante considerando que temos uma maior expansão de técnicas atualmente em que o diretor soube aproveitar bem.  Januz Kaminski assina a obra atual na fotografia e deixa isso bem marcado como tons de marrons para os Jets, tons mais vibrantes para os Sharks e um certo mistério para o encontro amoroso entre Maria e Tony.

Vale a pena assistir!!!