Argylle – O Superespião: Diverte mas também confunde!
Por Milly Rodrigs
Antes de escrever esse texto, confesso que fui dar uma olhada na opinião alheia sobre Argylle na internet e cheguei a conclusão de que discordo da maioria e não considero que o filme deva levar já de cara o título de “pior filme do ano”. Apesar de ter entrado na avaliação do Rotten Tomatoes com apenas 37% de aprovação – por enquanto.
Mas vamos combinar que o filme, desde o lançamento do trailer, nunca se levou tão a sério. A comédia e os exageros são nítidos desde quando surgiram os primeiros teasers. Porém, vamos deixar essa análise um pouco pra depois e focar na trama do filme que estreia essa semana nos cinemas, Argylle, O Superespião.
Pra começar vamos falar sobre o elenco, e que elenco! Pega essa lista, Bryce Dallas Howard, Henry Cavill, Dua Lipa, John Cena, Samuel L. Jackson, Bryan Cranston e muito mais. Com um elenco desses você pode pensar, não tem como errar! E de fato, não teve necessariamente um erro, mas sim um roteiro confuso e para alguns desses grandes astros, um curto espaço na tela, como no caso de Samuel L. Jackson – ele merecia mais!
Mas vamos à trama!
Argylle (Henry Cavill) é o nome de um superespião criado para uma série de livros de romance e espionagem Best Sellers escritos por Elly Conway (Bryce Dallas Howard), que no meio do dilema da criação de um 5º livro descobre que a espionagem não existe só nas suas histórias. Durante uma viagem de trem junto com o seu gato Alfie, ela é surpreendida por um espião de verdade, Aiden (Sam Rockwell), que a salva de um ataque, sai na porrada com dezenas de pessoas e a leva junto com ele pulando de um trem com paraquedas.
Sim, Argylle tem vários clichês de fuga e luta dos maiores filmes de ação!
Daí pra frente, Elly descobre que as histórias dos seus livros não são apenas fruto da sua imaginação, mas sim algo que realmente acontece e isso a faz ser um alvo de uma organização secreta de espionagem. Com isso, ela parte em uma viagem com Aiden e seu gato, para tentar solucionar um caso e ao mesmo tempo descobrir a verdade sobre si mesma.
Argylle é um filme que peca muito no roteiro, pois dá a impressão de que muito se foi pensado para a trama, mas pouquíssimo desenvolvido, como se as ideias fossem apenas jogadas no ar resultando em algo caótico. Tanto que se torna bem confuso entender qual era de fato os planos da tal organização secreta, pois duas histórias são contadas simultaneamente, o plano maligno da organização e a vida conturbada de Elly Conway, e nenhuma acaba tendo muita clareza.
E se prepare, pois Argylle tem plot twist em cima de outro plot twist! É tanta reviravolta que fica difícil de acompanhar e a surpresa se torna uma confusão.
Outro ponto que temos que ressaltar é o exagero fantasioso em muitas das cenas, principalmente as de ação. Mas creio que nesse ponto, tudo foi pensado para ser de fato uma espécie de paródia das grandes cenas de ação que a gente já viu por aí.
Inclusive alguns desses exageros, são até mesmo artísticos e belos! A cena do tiroteio com as bombas de fumaça é uma das mais belas cenas de ação que eu já assisti! Foi uma cena exagerada? Foi sim! Extremamente! Mas foi linda!
Outro exagero é quando Elly usa duas facas enfiadas na sua bota e sai esquiando em um chão cheio de petróleo. Exagero demais? Sim, muito! Mas não dá pra negar que a cena é bonita, insana e também cômica.
Na verdade, um dos pontos que mais me causou estranheza, não foi nada disso que eu já contei pra vocês, mas sim o fato do gato Alfie ser muitas vezes um CGI de qualidade duvidosa. Aquele gato se mexe de um jeito estranho. rsrs
De qualquer forma, Argylle é um filme fácil, interessante e divertido. E ss caras e bocas do personagem de Henry Cavill são excelentes.
O filme que é dirigido por Matthew Vaughn, já conhecido no ramo da espionagem pela franquia “Kingsman”, e roteirizado por Jason Fuchs de “A Era do Gelo 4”, chega no dia 1 de fevereiro nos cinemas de todo o Brasil.
Avaliação: ★★★